A água mostra quem
O recurso à água, não é uma qualquer referência abstractizável “a posteriori”, continuar...

Jogos de Terra e Fogo
A ideia de lúdico comporta cargas ambíguas com sinais divergentes que carecem de clarificação. Constitui um desiderato continuar...

Cozedura a lenha…
Este é um convite para ler a cozedura a lenha como um elo tetraédrico entre este processo de cozedura continuar...

Outra vez, muitas vezes…
No fundamento desta opção estão estruturas psicológicas promotoras da interacção continuar...

Queda de um canto de pássaro...
(…) a nossa reflexão segue uma ordem empírica da experiência do natural e da criação artística, continuar...

(Im)Pressão Primária
A pasta cerâmica tem uma natureza física mutável e versátil cujo domínio informa continuar...

Passar pelo Fogo
Percebemos em dado momento que as órbitas dos dois corpos, o cru e o cozido, continuar...
Outra vez... muitas vezes. Repetição no contexto cerâmico

No fundamento desta opção estão estruturas psicológicas promotoras da interacção com os materiais (golpeando, riscando) e da comunicação (retendo memórias, guardando marcas, mostrando sinais) não só no contexto da experiência individual, mas também do grupo. A marca, o desenho, a forma, são reproduzidos dentro de um determinado grupo e a sua utilização satisfaz um apelo táctil ou visual, ao mesmo tempo que é um garante de inclusão social e de efectivação do contacto entre os seus elementos. Identificar-se com uma marca significa repetir interiormente os significados admitindo-os como seus, constituindo experiências comuns às artes plásticas e à escrita, de um modo válido para as linhas que bordejam uma taça votiva, um grito de guerra ou um poema fúnebre. Quem o faz reitera experiências naturais de carácter cíclico (dias, estações, a geração da vida) até à concepção de uma historiografia circular (fenómenos repetidos dando lugar a efeitos verificados anteriormente) muito comum em culturas pré-industriais.

in Isabel Sabino (Coord.) - Com ou sem tintas: Composição, ainda? Lisboa: CIEBA/ FBAUL, 2013. ISBN: 978-989-8300-54-6.


Again ... many times. Repetition in the ceramic context

(…)At the foundation of this option (repetition) are psychological structures that promote interaction with materials (striking, scratching) and communication (retaining memories, keeping marks, showing signs) not only in the context of individual but also group experience. The mark, the drawing, the shape, are reproduced within a certain group and their use satisfies a tactile or visual appeal, while guaranteeing social inclusion and the effective contact between its elements. Identifying with a brand means repeating meanings inwardly by admitting them as their own, constituting experiences common to the fine arts and writing, in a way that is true to the lines that border a votive cup, a battle cry or a funeral poem. Those who do so reiterate natural cyclical experiences (days, seasons, the generation of life) until the conception of a circular historiography (repeated phenomena giving rise to previously verified effects) very common in preindustrial cultures. (…)

in Isabel Sabino (Coord.) - Com ou sem tintas: Composição, ainda? Lisboa: CIEBA/ FBAUL, 2013. ISBN: 978-989-8300-54-6. (Portuguese only)